A presente dissertação, com o foco da proposta no Lugar do Cabo, foi concebida tendo como aspeto determinante a costa norte de Sines, a extensão de mais de sessenta quilómetros de areal que ligam Troia à cidade e toda a artificialização feita pela indústria no território. A estratégia foi desenvolvida sobre uma ideia de continuidade, o areal norte da cidade “morre” abruptamente no afloramento rochoso de Sines, que por sua vez pauta o arranque dos embasamentos artificiais da industria a Este.
Sines transformou-se numa paisagem industrial, artificializando a sua linha de costa, que configurava o cabo mais ocidental entre Troia e Sagres, de onde se destaca o molhe oeste pela presença no horizonte além-mar.
O projeto procura criar um novo layer, por meio de um percurso pedonal que leve as pessoas do antigo cabo até ao extremo do molhe, local hoje interdito. Este percurso que surge na continuidade dos trilhos da costa norte de Sines, desenvolve-se apenas na zona de aterro, criada pela indústria e dividindo-se por três momentos: o espaço do cabo, que procura virar atenções ao antigo cabo de Sines, o centro de investigação que procura melhorar as condições do CIEMAR e o auditório do mar que se enquadra à cidade e indústria de Sines.